Postagens

Mostrando postagens de 2017

O dia em que me casei

Imagem
Chegou, finalmente ele chegou. Naquela manhã acordei ansiosa (claro!) e terminei de escrever meus votos enquanto minha irmã ia à casa de festas para os acertos finais. Ela chegaria logo, então nos aprontamos para passar o dia no salão, eu, meus pais e minha irmã. Por lá foi tudo tranquilo, o ambiente era aconchegante e estava com pessoas especiais. Como todos os detalhes da festa, meu penteado, maquiagem e vestido foram pensados e planejados um tempo antes. Sempre sonhei com um casamento mais clássico, mas que fosse ao mesmo tempo leve. A proposta era eu ser eu! Começando pelo cabelo : cacheado natural, como ele é, finalizado com uma coroa tão delicada quanto linda e sem exageros.  A maquiagem realçava o que mais gosto em mim e as cores em tons de cobre ornavam com o conjunto. Escolhi uma maquiagem neutra, sem o famoso preto esfumado, cílios postiços e sobrancelha super marcada porque minha ideia não era ficar irreconhecível, e sim, Karolina! Apesar de ser costureir

Victor Meirelles: vida e principais obras

Imagem
Vida: Artista com formação internacional e de grande importância para a história do Brasil. Nasceu no ano de 1832, na antiga Nossa Senhora do Desterro, e atual Florianópolis. Em 1845, ainda bem jovem e em Florianópolis, sua jornada artística se inicia com estudos de desenho com o argentino Marciano Moreno. Depois de dois anos, Victor se muda para o Rio de Janeiro e se matricula na Academia Imperial de Belas Artes. Seu ingresso no curso de Pintura Histórica em 1849 pode ter sido o fator que o levou a seguir o caminho deste gênero. No ano de 1852, a AIBA lhe concede o prêmio de viagem a Europa. No período de 1853 a 1861, começando em Roma, Meirelles frequenta as aulas dos artistas Tommaso Minardi e Nicola Consoni, expandindo seus conhecimentos. Muito estudioso e dedicado, não deixa passar a oportunidade de estudar figura humana pelas obras de Ticiano e Paolo Veronese, sendo este de maior interesse para Victor. Sua condição de pensionato que já estava no fim fora estendida, e

A indumentária romântica nas obras de Jean Auguste Dominique Ingres

Imagem
É interessante pensar em como o contexto social que se vive, influencia na indumentária e nas artes. No período romântico, posterior ao neoclássico, defendia-se a liberdade de emoções, já que anteriormente o racionalismo comandava. A indumentária perdeu a cintura império – logo abaixo dos seios – e as saias retas e sem volume, enquanto que os artistas ganharam a chance de expor em suas obras, os sentimentos guardados, ou melhor: contidos. Comtesse Walter, 1881. Cintura Império. Versailles, Museum.  O importante para nós, é que estas perdas e ganhos foram registrados ao longo do tempo, permitindo-nos estudar e compreender os fatos através das pinturas e obras artísticas feitas na época. Na história não é possível afirmar datas específicas que marcam o fim e o início de um período, assim, mesmo que estes tenham suas características predominantes, há de ter algum resquício de outros estilos. Jean Auguste Dominique Ingres inicialmente era definido como neoclássico, por suas li